Desde a antiguidade, tem-se notícias do uso de bastão ou vara para a locomoção de deficientes visuais. Como o patriarca bíblico Isaac e Tirésias o profeta. Mas somente no século XX que registraram tentativas concretas e valiosas para descobrir um meio seguro e eficaz para locomoção dos deficientes visuais. Em 1930, o Lions Club Peoria Illinois (EUA), apresentou uma proposta lei que após ser aprovada foi chamada Lei da Bengala Branca. Dava prioridade no trânsito ao deficiente visual que portasse uma bengala branca. 1931, reunião no Lions Club de Toronto (Canadá), estabeleceu o dia 15 de outubro como "Dia Mundial da Bengala Branca", que passou a divulgar a lei. 1945, o exército americano sentia-se passivo e inoperante diante dos soldados cegados na guerra; 2358, recrutas recebendo pensão do governo e com sua locomoção comprometida. Primeiro Tenente Oftalmologista, Richard Hoover, junto com sua equipe, propôs estudar e tratar o problema da cegueira e o mecanismo da marcha. Hoover criou um método revolucionário de locomoção. Usando um instrumento que lembrava um bastão, mas com função, material e comprimento diferentes. A aplicação desta técnica foi um sucesso extraordinário. Hoover desenvolveu um sistema de exploração para ser efetuado com o toque da ponta da bengala, que transmitiria todas as sensações táteis detectadas por ela. 1948, terminada a primeira etapa, Hoover estendeu o projeto aos demais soldados cegos. Vendo o interesse da sociedade civil, educadores e familiares dos cegos civis, a partir daí difundiu-se, a todos os interessados, a técnica da bengala longa. A técnica de Hoover pela sua comprovada eficácia, segue sendo a única em vigor em todo o mundo. 1957, Joseph Albert Apenjo, enviado pela ONU ao Brasil, veio transmitir as técnicas de orientação e mobilidade ao primeiro grupo de profissionais interessados.
Bibliografia: Deficiência Visual - Técnicas de Orientação e Mobilidade Helena Flávia R. Melo.
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