domingo, 26 de junho de 2011

Apadem desenvolve projeto de inclusão em escolas e igrejas da cidade


Volta Redonda

Com seus 12 anos de existência comemorados no último dia 19, a Apadem (Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais) está desenvolvendo desde o ano passado dois projetos direcionados a escolas e igrejas da região: os projetos Autismo Inclusão nas Escolas e Autismo Inclusão nas Igrejas. A entidade de Volta Redonda tem por finalidade colaborar na assistência e formação das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, apoiando suas famílias e promovendo a integração entre o poder público, a comunidade e a escola.
De acordo com Cláudia Moraes, presidente da entidade, a proposta desses dois projetos é demonstrar o que é o autismo e como é possível incluir o autista na escola e na sociedade.
- Por enquanto o projeto está sendo divulgado pelo do site da Apadem (www.apadem.blogspot.com), pelos pais dos alunos e através dos grupos de famílias. Graças a essas ações as escolas nos procuram e nos convidam a mostrar a ideia do projeto. Participamos de reuniões com professores, diretores, coordenadores e toda a parte pedagógica da instituição de ensino, onde explicamos o que é o autismo, suas características, causas e como pode ser feita a inclusão e a necessidade de que ela aconteça - explicou.
Ela acrescentou que, no caso de a escola demonstrar algum interesse, é marcada uma segunda reunião só com os pais de alunos ou mesmo com os professores. Foi o que aconteceu há duas semanas na Escola Municipal Domingas, em Pinheiral, quando também compareceram representantes de outras escolas e da Secretaria Municipal de Educação de Pinheiral. Em Volta Redonda já foram incluídas no projeto seis escolas da rede pública e particular, e a secretária municipal de Educação, Therezinha Gonçalves, já demonstrou interesse no projeto, que passa atualmente pelo processo de análise.
Segundo a presidente da Apadem, o número de alunos autistas nas escolas da rede pública e particular de Volta Redonda está crescendo a cada dia e, graças ao trabalho desenvolvido pela Apadem junto a essas instituições, a visão que os profissionais tinham da disfunção está mudando.
A maior dificuldade enfrentada pelo aluno autista na escola é o desconhecimento sobre a síndrome no meio educacional e na sociedade. Apesar de a escola ter conhecimento que possui alunos com a disfunção sendo incluídos, muitas vezes a direção da escola não sabe como lidar com a questão.
- As pessoas possuem uma visão equivocada sobre o autismo, pensando que o autista não vai se socializar nunca. Só o fato de mostrar aos profissionais da educação o que é a síndrome já é um caminho - acredita.

Escolas para autistasDe acordo com Cláudia, atualmente existem duas escolas para autistas em Volta Redonda: a Deise Mansur - direcionadas para alunos na faixa etária entre 4 e 16 anos - e o Sítio Escola Semeia, para alunos acima de 16 anos. Devido à questão da idade, apenas os alunos da escola Deise Mansur recebem suporte para terem condições de serem incluídos em uma escola regular ou, se for necessário, frequentarem as duas escolas para adaptação.

A inclusão nas igrejas
A Apadem também desenvolve o mesmo projeto de inclusão do autista nas igrejas do município através de palestras onde os pais, familiares e os membros ou representantes da igreja aprendem que o autista possui toda a capacidade de participar dos eventos religiosos.
- Muitos pais conheceram o trabalho da Apadem através dos projetos desenvolvidos nas escolas e igrejas, e então passaram a frequentar os grupos de famílias. Depois do trabalho desenvolvido através do projeto os familiares ficam mais à vontade para levar seus filhos portadores de autismo aos cultos ou missas - comemorou.

Quando o autismo não é uma barreira para o estudo
Para a dona de casa Carla Marina Lorencine da Costa o autismo de seu filho João Gabriel, de cinco anos, nunca foi um obstáculo para colocá-lo em uma escola regular: ele estuda desde os dois anos no Centro Educacional Tiradentes, localizada no bairro Jardim Tiradentes. - Sempre desconfiei que havia algo de diferente com o meu filho, mas, apesar do atraso na fala e na maneira diferente de brincar, só resolvi levá-lo a um especialista depois que fui alertada pelos professores e pela pedagoga da escola quando ele estava no maternal. Depois que descobri o autismo em meu filho conheci a Apadem por indicação da fonoaudióloga que descobriu o problema. Na associação conheci outras mães com filhos na mesma situação e que me ajudaram a ter outra visão do autismo. Hoje participo de palestras, grupos da família e oficinas pedagógicas, e o meu marido participa do grupo de pais - contou.
Na opinião da Carla, a escola é a segunda casa do João Gabriel; a única diferença para os outros alunos é que ele tem uma auxiliar terapêutica para acompanhá-lo durante as aulas.
- Eu acredito, hoje, que é possível a inclusão do autista na escola e, no caso do meu filho, a parceria e o apoio da instituição de ensino foi muito importante para a inclusão dele. Tive a sorte de encontrar a ajuda dos professores, pedagogos e da direção da escola - agradeceu.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Hoje é o meu aniversário!!!!


Comemorar mais uma ano de vida sempre é uma conquista...


A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo novo, de novo e de novo,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

Encontro sobre Autismo



Congresso sobre Autismo


Unaerp Guarujá apóia evento da APAAG, em junho. Inscrições já estão abertas no Multiatendimento.
Calcula-se que de 3% a 4% de crianças e adolescentes são portadores de autismo, síndrome que se caracteriza pela falta de habilidade de interagir socialmente, com dificuldades motoras, de linguagem, atenção e afetividade. O que pode fazer uma família quando percebe que sua criança tem prejuízos na interação com o mundo que a cerca e atraso no seu desenvolvimento? Como procurar diagnóstico? Como os familiares podem se organizar para contribuir com o tratamento? Enfim, qual a melhor forma de cuidar dessa criança, otimizando sua relação com o ambiente?
Promover o conhecimento sobre o transtorno do espectro autista é o principal objetivo do 1º Encontro sobre Autismo 2001 – do Diagnóstico à Educação, que a Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Guarujá – APAAG promove dia 11 de junho, das 8 às 14 horas, no Casa Grande Hotel, Av. Miguel Stéfano, 1001.
O evento, destinado a familiares, profissionais das áreas de saúde e educação, e à sociedade como um todo, tem como convidado o dr. Marcos Tomanik Mercadante, professor do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina e coordenador de pesquisa do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento.

Agenda
Das 8 às 9 horas – Credenciamento
Das 9 às 9h30 – Apresentação da APAAG
Das 9h30 às 11h30 – Palestra de Marcos Tomanik Mercadante, sobre o tema Do Diagnóstico Precoce ao Cérebro Social.
Das 11h30 às 12 horas – Cofee Break
Das 12 às 14 horas – Mesa-redonda com Marcos Mercadante, Daniela Bordini (coordenadora médica do Ambulatório de Cognição Social UPIA/UNIFESP), Sandra Valle (coordenadora geral do Ambulatório de Cognição Social UPIA/UNIFESP) e Maria Izabel Calil Stamato (doutora e mestre em Psicologia Social pela PUC/SP e especialista em Psicologia Social pelo Conselho Federal de Psicologia).

Inscrições
As inscrições custam R$ 50,00 e R$ 40,00 (estudantes).  Podem ser feitas em Guarujá, na APAAG (Rua Álvaro Nunes da Silva, 110, tel. 3555-7417 e 3021-3121) e na Unaerp (Av. Dom Pedro I, 3.300, tel. 3398-1036), ou em Santos, na UniSantos (Av. Conselheiro Nébias, 300, Vila Mathias, tel. 3205-5555).

Sobre a APAAG
A Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Guarujá é uma entidade civil comunitária, com personalidade jurídica e sem fins lucrativos, fundada em 30 de setembro de 2000. Seu objetivo era atender os anseios de um grupo de pais que desejavam obter tratamento necessário para o desenvolvimento de seus filhos no município. Hoje, atende 132 crianças autistas e seus familiares.