quinta-feira, 30 de maio de 2013

10 Super Dicas para a ALIMENTAÇÃO de Crianças Seletivas

 Síndrome de Asperger - Autismo infantil.
10 Super Dicas para a alimentação de crianças seletivas:

FONTE: http://www.autismfile.com/diet-nutrition/ten-easy-steps-for-picky-eating-solutions

1. Esteja preparado, organizado e habilitado.

Mudança de hábitos alimentares leva tempo e paciência. Você precisa estar preparado e ter um plano que é realista e prático para sua família. Seja muito clara sobre seus próprios objetivos e direção, e comemore cada passo bem sucedido que você tomar.

✓ Organize sua cozinha e torne-a um lugar feliz.
✓ Livre-se de alimentos não saudáveis que já não se encaixam em seu novo plano de saúde.
✓ Organize seu espaço no balcão para fazer a preparação de alimentos mais fácil.
✓ Deixe a mão aqueles itens que você usa regularmente e os que você raramente usa, guardados.
✓ Como comer bem é um dos passos mais importantes para ser saudável, ler livros sobre nutrição pode motivá-lo a se manter firme em seus objetivos.

2. Envolva todos os interessados e faça um plano em conjunto.

Se o seu comedor seletivo é uma criança, o plano de ação que você criar irá depender de sua idade e capacidade cognitiva. No entanto, mesmo as crianças pequenas e / ou crianças com deficiência significativa podem sentir o seu entusiasmo para fazer mudanças saudáveis.
Para crianças muito pequenas, você pode querer criar um livro de fotografia com imagens do alimento, saudável e delicioso que você quer que eles comam.
Além disso, marque os alimentos que serão eliminados com uma linha vermelha "Não".
Apresente as suas alterações de forma positiva!
Comunique à sua família os benefícios de mudar seus hábitos alimentares.
Ajude as crianças a entender que seus ossos serão fortes, suas mentes alertas, e suas células fortes e poderosas por causa dessas mudanças!
Incentive adultos seletivos a fazer mudanças por si mesmos, sem compulsão ou ultimatos.
Não compre ou cozinhe alimentos não saudáveis, em vez disso, faça receitas práticas e deliciosas para comer saudavelmente e despretenciosamente.

3. Faça o planejamento da refeição, preparação e cozimento uma atividade familiar.

Envolver todos incentiva o sucesso. Crianças que ajudam a planejar as refeições semanais são mais propensas a comê-las.
Você pode elaborar as receitas favoritas da família com um pouco de ajuste para fazer versões mais saudáveis. Por exemplo, macarrão com queijo pode sofrer uma dramática mudança nutricional sem glúten e caseína usando massas sem glúten com ghee, almôndegas orgânicas, e brócolis frescos picados.
Faça das compras de supermercado um passeio em família, e permita que os seus filhos escolham um novo vegetal a gosto. Incentive-os a tentar algo que é novo para toda a família!
Se você não sabe muito sobre como cozinhar ou servir a nova comida saudável, faça uma pesquisa online por receitas saborosas com o ingrediente escolhido.
Compartilhe suas descobertas em torno da mesa.
Lembre aos tutores ou membros mais velhos de sua família que se eles não ficarem entusiasmados com o que está no menu, os pequenos também não ficarão.
Expresse sua admiração por sua vontade de experimentar coisas novas e por serem tão aventureiros. Fale sobre todos os benefícios que estão recebendo por comer tão bem.

4. Elimine os beliscos e lanchinhos constantes.

Tudo tem um gosto melhor quando você está com fome. Novos alimentos parecem mais apetitosos e os cheiros provenientes da cozinha são mais atraentes, quando seu corpo está pronto para alimentos. No entanto, muitos de nós nunca obtém a plena satisfação de comer uma refeição quando estamos com fome por causa dos beliscos constantes.
Lanchinhos saudáveis no meio da manhã e da tarde são importantes para crianças em crescimento, e todos devem beber água pura durante o dia.
Mordiscar besteirinhas o dia todo é um passo para a alimentação seletiva na hora das refeições. O melhor momento de tentar algo novo é quando você está realmente com fome.

5. Trabalhar em dessensibilização de texturas.

Textura dos alimentos pode ser um desafio para um comedor seletivo. Como resultado, as crianças (de todas as idades) podem ter problemas com carne e legumes.
Esconder legumes em alimentos fáceis de agradar é uma etapa maravilhosa em primeiro lugar. 

Muffins podem esconder purê de abóbora e batatas podem encobrir couve-flor em um purê. Gradualmente faça a passagem de alimentos escondidos em purê para a sensação maravilhosa de vegetais inteiros e alimentos ricos em outras texturas.
O meu blog: Cozinha Sem Glúten e Sem Leite, tem receitas maravilhosas com ingredientes escondidos onde a criança nem imagina o que está comendo: muffins de abóbora, pão de abobrinha, sorvete de flocos, de morango ou chocolate, feitos com inhame e abacate são só algumas das opções.

6. Brincar com a comida é divertido!

Crianças assim como a cozinha, devem ser fáceis de limpar. Use roupas práticas que permitam que seus filhos experimentem com alimentos de diferentes maneiras.
Cortar os alimentos em diferentes formas ou blocos pode ajudar a familiarizar os comedores seletivos com as texturas e cores de novos alimentos.
Palitos de cenoura e brócolis podem "brincar" uns com os outros e se tornarem amigos rapidamente das batatas fritas.
Ketchup orgânico, desprovido da alta frutose do xarope de milho, atrai muitos como um "mergulho" útil para a primeira mordida. Além disso, a ghee orgânica derretida e molhos de diferentes tipos podem ser atraentes colegas para ajudar a tornar as carnes desconhecidas, legumes efrutas mais atraentes. Tirar o medo de provar novos alimentos é um passo importante para ajudar os comedores seletivos a expandir seus horizontes alimentares.

7. Pratique "Primeiro Este ... Depois aquele!"

Como comedores seletivos se importam mais com a textura do que com o sabor, dê bastante valor ao fato de provar novas comidas, mesmo que sejam poucas mordidas e pequenas.
Para as crianças, o tamanho deve ser consistente com o tamanho de suas unhas.
Torne o experimentar um passo possível usado ao lado de um motivador. Por exemplo, "primeiro, a fruta, depois o biscoito." Ou, "primeiro o hambúrguer (caseiro), em seguida a batata frita."
Compreenda que o seu foco principal e objetivo não é uma nutrição completa, mas sim uma cooperação consistente.
Construa uma relação de confiança e confidência mantendo a sua palavra que era somente a de experimentar, não fique empurrando mais comida ou pedindo para experimentar mais!

8. Passe para o clube dos "Somente três mordidas".

Uma vez que o comedor seletivo esteja confortável com o seu alimento alvo, então passe para a regra do "Somente três mordidas”. Todos os alimentos servidos à mesa deve incluir um mínimo de três mordidas. Desta forma, o paladar se habitua a uma variedade de alimentos saudáveis.
Manter-se alegre e consistente é a chave para o sucesso. Mesmo o comedor seletivo, quando positivamente motivado, pode gerir três pequenas mordidas! Com o tempo, você perceberá que muitos dos alimentos que foram considerados "graves" estão sendo comidos sem qualquer problema e até mesmo tornando-se um favorito.

9. Pratique a pirâmide nutricional para uma nutrição completa.

Ao planejar suas refeições, use o método da pirâmide. Incluia em cada refeição uma porção de proteína, uma de vegetais e uma de grãos ou amido. Lembre-se de não contar batata ou milho como um vegetal, pois eles se encaixam mais com grãos e amidos.
Seja confiante em aumentar gradativamente a quantidade de proteínas e vegetais, limitando a porção de carboidratos simples a um terço da refeição completa.
Não pule as refeições - café da manhã especialmente, pois é uma refeição importante para a base diária de nutrientes. A quantidade de proteínas necessárias numa refeição pode ser facilmente alcançada, mesmo na correria, com um pequeno punhado de nozes, iogurte orgânico, ou um batido de proteína delicioso.

10. Faça do jantar um momento feliz em família.

As refeições em família são muitas vezes comprometidas quando as programações pessoais ficam excessivamente ocupadas. Alimentos tornam-se então apenas uma necessidade para matar a fome, ao invés de proporcionar um momento de carinho e de celebração. Ao criar novos hábitos mais saudáveis na mesa de jantar, devemos proporcionar a certeza de todos sentarem-se e comer juntos.
Conversa positiva compartilhada em um ambiente descontraído suaviza o stress de novas experiências para o comedor seletivo especialmente, mas também para todos os outros. Mantenha-se fiel a seus objetivos de forma amorosa. Compromisso desestimula o fracasso. Seja um bom exemplo experimentando novos alimentos por si mesmo e desfrutando da aventura de comer, feliz e saudável!
10 Super Dicas para a alimentação de crianças seletivas:

FONTE: http://www.autismfile.com/diet-nutrition/ten-easy-steps-for-picky-eating-solutions

1. Esteja preparado, organizado e habilitado.

Mudança de hábitos alimentares leva tempo e paciência. Você precisa estar preparado e ter um plano que é realista e prático para sua família. Seja muito clara sobre seus próprios objetivos e direção, e comemore cada passo bem sucedido que você tomar.

✓ Organize sua cozinha e torne-a um lugar feliz.
✓ Livre-se de alimentos não saudáveis que já não se encaixam em seu novo plano de saúde.
✓ Organize seu espaço no balcão para fazer a preparação de alimentos mais fácil.
✓ Deixe a mão aqueles itens que você usa regularmente e os que você raramente usa, guardados.
✓ Como comer bem é um dos passos mais importantes para ser saudável, ler livros sobre nutrição pode motivá-lo a se manter firme em seus objetivos.

2. Envolva todos os interessados e faça um plano em conjunto.

Se o seu comedor seletivo é uma criança, o plano de ação que você criar irá depender de sua idade e capacidade cognitiva. No entanto, mesmo as crianças pequenas e / ou crianças com deficiência significativa podem sentir o seu entusiasmo para fazer mudanças saudáveis.
Para crianças muito pequenas, você pode querer criar um livro de fotografia com imagens do alimento, saudável e delicioso que você quer que eles comam.
Além disso, marque os alimentos que serão eliminados com uma linha vermelha "Não".
Apresente as suas alterações de forma positiva!
Comunique à sua família os benefícios de mudar seus hábitos alimentares.
Ajude as crianças a entender que seus ossos serão fortes, suas mentes alertas, e suas células fortes e poderosas por causa dessas mudanças!
Incentive adultos seletivos a fazer mudanças por si mesmos, sem compulsão ou ultimatos.
Não compre ou cozinhe alimentos não saudáveis, em vez disso, faça receitas práticas e deliciosas para comer saudavelmente e despretenciosamente.

3. Faça o planejamento da refeição, preparação e cozimento uma atividade familiar.

Envolver todos incentiva o sucesso. Crianças que ajudam a planejar as refeições semanais são mais propensas a comê-las.
Você pode elaborar as receitas favoritas da família com um pouco de ajuste para fazer versões mais saudáveis. Por exemplo, macarrão com queijo pode sofrer uma dramática mudança nutricional sem glúten e caseína usando massas sem glúten com ghee, almôndegas orgânicas, e brócolis frescos picados.
Faça das compras de supermercado um passeio em família, e permita que os seus filhos escolham um novo vegetal a gosto. Incentive-os a tentar algo que é novo para toda a família!
Se você não sabe muito sobre como cozinhar ou servir a nova comida saudável, faça uma pesquisa online por receitas saborosas com o ingrediente escolhido.
Compartilhe suas descobertas em torno da mesa.
Lembre aos tutores ou membros mais velhos de sua família que se eles não ficarem entusiasmados com o que está no menu, os pequenos também não ficarão.
Expresse sua admiração por sua vontade de experimentar coisas novas e por serem tão aventureiros. Fale sobre todos os benefícios que estão recebendo por comer tão bem.

4. Elimine os beliscos e lanchinhos constantes.

Tudo tem um gosto melhor quando você está com fome. Novos alimentos parecem mais apetitosos e os cheiros provenientes da cozinha são mais atraentes, quando seu corpo está pronto para alimentos. No entanto, muitos de nós nunca obtém a plena satisfação de comer uma refeição quando estamos com fome por causa dos beliscos constantes.
Lanchinhos saudáveis no meio da manhã e da tarde são importantes para crianças em crescimento, e todos devem beber água pura durante o dia.
Mordiscar besteirinhas o dia todo é um passo para a alimentação seletiva na hora das refeições. O melhor momento de tentar algo novo é quando você está realmente com fome.

5. Trabalhar em dessensibilização de texturas.

Textura dos alimentos pode ser um desafio para um comedor seletivo. Como resultado, as crianças (de todas as idades) podem ter problemas com carne e legumes.
Esconder legumes em alimentos fáceis de agradar é uma etapa maravilhosa em primeiro lugar.

Muffins podem esconder purê de abóbora e batatas podem encobrir couve-flor em um purê. Gradualmente faça a passagem de alimentos escondidos em purê para a sensação maravilhosa de vegetais inteiros e alimentos ricos em outras texturas.
O meu blog: Cozinha Sem Glúten e Sem Leite, tem receitas maravilhosas com ingredientes escondidos onde a criança nem imagina o que está comendo: muffins de abóbora, pão de abobrinha, sorvete de flocos, de morango ou chocolate, feitos com inhame e abacate são só algumas das opções.

6. Brincar com a comida é divertido!

Crianças assim como a cozinha, devem ser fáceis de limpar. Use roupas práticas que permitam que seus filhos experimentem com alimentos de diferentes maneiras.
Cortar os alimentos em diferentes formas ou blocos pode ajudar a familiarizar os comedores seletivos com as texturas e cores de novos alimentos.
Palitos de cenoura e brócolis podem "brincar" uns com os outros e se tornarem amigos rapidamente das batatas fritas.
Ketchup orgânico, desprovido da alta frutose do xarope de milho, atrai muitos como um "mergulho" útil para a primeira mordida. Além disso, a ghee orgânica derretida e molhos de diferentes tipos podem ser atraentes colegas para ajudar a tornar as carnes desconhecidas, legumes efrutas mais atraentes. Tirar o medo de provar novos alimentos é um passo importante para ajudar os comedores seletivos a expandir seus horizontes alimentares.

7. Pratique "Primeiro Este ... Depois aquele!"

Como comedores seletivos se importam mais com a textura do que com o sabor, dê bastante valor ao fato de provar novas comidas, mesmo que sejam poucas mordidas e pequenas.
Para as crianças, o tamanho deve ser consistente com o tamanho de suas unhas.
Torne o experimentar um passo possível usado ao lado de um motivador. Por exemplo, "primeiro, a fruta, depois o biscoito." Ou, "primeiro o hambúrguer (caseiro), em seguida a batata frita."
Compreenda que o seu foco principal e objetivo não é uma nutrição completa, mas sim uma cooperação consistente.
Construa uma relação de confiança e confidência mantendo a sua palavra que era somente a de experimentar, não fique empurrando mais comida ou pedindo para experimentar mais!

8. Passe para o clube dos "Somente três mordidas".

Uma vez que o comedor seletivo esteja confortável com o seu alimento alvo, então passe para a regra do "Somente três mordidas”. Todos os alimentos servidos à mesa deve incluir um mínimo de três mordidas. Desta forma, o paladar se habitua a uma variedade de alimentos saudáveis.
Manter-se alegre e consistente é a chave para o sucesso. Mesmo o comedor seletivo, quando positivamente motivado, pode gerir três pequenas mordidas! Com o tempo, você perceberá que muitos dos alimentos que foram considerados "graves" estão sendo comidos sem qualquer problema e até mesmo tornando-se um favorito.

9. Pratique a pirâmide nutricional para uma nutrição completa.

Ao planejar suas refeições, use o método da pirâmide. Incluia em cada refeição uma porção de proteína, uma de vegetais e uma de grãos ou amido. Lembre-se de não contar batata ou milho como um vegetal, pois eles se encaixam mais com grãos e amidos.
Seja confiante em aumentar gradativamente a quantidade de proteínas e vegetais, limitando a porção de carboidratos simples a um terço da refeição completa.
Não pule as refeições - café da manhã especialmente, pois é uma refeição importante para a base diária de nutrientes. A quantidade de proteínas necessárias numa refeição pode ser facilmente alcançada, mesmo na correria, com um pequeno punhado de nozes, iogurte orgânico, ou um batido de proteína delicioso.

10. Faça do jantar um momento feliz em família.

As refeições em família são muitas vezes comprometidas quando as programações pessoais ficam excessivamente ocupadas. Alimentos tornam-se então apenas uma necessidade para matar a fome, ao invés de proporcionar um momento de carinho e de celebração. Ao criar novos hábitos mais saudáveis na mesa de jantar, devemos proporcionar a certeza de todos sentarem-se e comer juntos.
Conversa positiva compartilhada em um ambiente descontraído suaviza o stress de novas experiências para o comedor seletivo especialmente, mas também para todos os outros. Mantenha-se fiel a seus objetivos de forma amorosa. Compromisso desestimula o fracasso. Seja um bom exemplo experimentando novos alimentos por si mesmo e desfrutando da aventura de comer, feliz e saudável!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Aluno com Autismo Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse

O Aluno com Autismo Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse

O Aluno com Autismo Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse
1. Comportamento é comunicação
Todo comportamento acontece por uma razão. Ele conta para você, mesmo quando as minhas palavras não podem faze-lo, como eu percebo o que está acontecendo ao meu redor. Comportamento negativo interfere no meu processo de aprendizagem. Entretanto, simplesmente interromper esses comportamentos não é suficiente; ensine-me a trocá-los por alternativas adequadas de modo que a aprendizagem real possa fluir.

Comece por acreditar nisto: eu verdadeiramente quero aprender a interagir de forma apropriada. Nenhuma criança quer receber uma bronca por comportamento negativo. Esse comportamento geralmente quer dizer que eu estou atrapalhado com sistemas sensoriais desorganizados, não posso comunicar meus desejos ou necessidades ou não entendo o que se espera de mim. Olhe além do meu comportamento para encontrar a fonte da minha resistência. Anote o que aconteceu antes do comportamento: as pessoas envolvidas, hora do dia, ambiente. Um padrão emerge depois de um período de tempo.
2. Nunca presuma nada
Sem apoio de fatos uma suposição é apenas uma suposição. Posso não saber ou não entender as regras. Posso ter ouvido as instruções mas não ter entendido. Talvez eu soubesse ontem mas não consigo me lembrar hoje. Pergunte a si mesmo:

Você tem certeza que eu realmente sei como fazer o que você está me pedindo? Se de repente eu preciso correr para o banheiro cada vez que preciso fazer uma folha de matemática, talvez eu não saiba como fazer ou tema que meu esforço não seja o suficiente. Fique comigo durante repetições suficientes da tarefa até que eu me sinta competente. Eu posso precisar de mais prática para dominar as tarefas que outras crianças.
Você tem certeza que eu realmente conheço as regras? Eu entendo a razão para a regra (segurança, economia, saúde)? Estou quebrando a regra porque há uma causa? Talvez eu tenha pego um pedaço do meu lanche antes da hora porque eu estava preocupado em terminar meu projeto de ciências, não tomei o café da manhã e agora estou morto de fome.
3. Procure primeiro por problemas sensoriais
Muitos de meus comportamentos de resistência vêm de desconforto sensorial. Um exemplo é luz fluorescente, que foi demonstrado muitas vezes ser um problema para crianças como eu. O som que ela produz é muito perturbador para minha audição supersensível e o piscar da luz pode distorcer minha percepção visual, fazendo com os objetos pareçam estar se movimentando. Uma luz incandescente ou as novas luzes econômicas na minha carteira vai reduzir o piscar. Ou talvez eu precise sentar mais perto de você; não entendo o que você está dizendo porque há muitos sons “entre nós” – o cortador de grama lá fora, a Maria conversando com a Lurdes, cadeiras arrastadas, o som do apontador.

Peça à terapeuta ocupacional da escola para dar algumas idéias sensoriais que sejam boas para todas as crianças, não só para mim.
4. Dê um intervalo para auto regulação antes que eu precise dele
Um canto quieto com carpete, algumas almofadas livros e fones de ouvido me dão um lugar para me afastar quando preciso me reorganizar sem ser distante demais que eu não possa voltar para o fluxo de atividades da classe de forma tranqüila.

5. Diga o que você quer que eu faça de forma positiva ao invés de imperativa
“Você deixou uma bagunça na pia!” é apenas a afirmação de um fato para mim. Não sou capaz de concluir que o que você realmente quer dizer é: “por favor lave a sua caneca de tinta e ponha as toalhas de papel no lixo”. Não me faça adivinhar ou ter de descobrir o que eu devo fazer.

6. Tenha uma expectativa razoável
Uma reunião de todas as crianças no ginásio de esportes e alguém falando sobre a venda de balas é desconfortável e sem significado para mim. Talvez fosse melhor eu ir ajudar a secretária a grampear o jornalzinho.

7. Ajude-me a fazer a transição entre atividades
Leva um pouco mais de tempo para eu fazer o planejamento motor de ir de uma atividade para outra. Dê-me um aviso de que faltam cinco minutos, depois dois, antes de mudar de atividade – e inclua alguns minutos extra no final para compensar. Um relógio, com o mostrador simples ou um “timer” na minha carteira pode me dar uma dica visual sobre o tempo para a próxima mudança e me ajudar a lidar com o tempo mais independentemente.

8. Não torne pior uma situação ruim
Sei que embora você seja um adulto maduro às vezes você pode tomar decisões ruins no calor do momento. Eu realmente não tenho a intenção de ter uma crise, mostrar raiva ou atrapalhar a classe de qualquer outra forma. Você pode me ajudar a encerrar mais rapidamente não respondendo com um comportamento inflamatório. Conscientize-se de que estes comportamentos prolongam ao invés de resolver a crise:

Aumentar o volume ou tom de voz. Eu escuto os gritos mas não as palavras.
Imitar ou caçoar de mim. Sarcasmo, insultos ou apelidos não me deixam sem graça e não mudam meu comportamento.
Fazer acusações sem provas.
Adotar uma medida diferente da dos outros.
Comparar com um irmão ou outro aluno.
Lembrar episódios prévios ou não relacionados.
Colocar-me em uma categoria (“crianças como você são todas iguais)”.
9. Critique gentilmente
Seja honesta – você gosta de aceitar crítica construtiva? A maturidade e auto confiança de ser capaz de fazer isso pode estar muito distante das minhas habilidades atuais. Você não deveria me corrigir nunca? Lógico que sim. Mas faça-o gentilmente, de modo que eu realmente consiga ouvir você.

Por favor! Nunca, nunca imponha correções ou disciplina quando estou bravo, frustrado, super-estimulado, ansioso, “ausente” ou de qualquer outra forma que me incapacite a interagir com você.
Lembre-se que vou reagir mais à qualidade de sua voz do que às palavras. Vou ouvir a gritaria e o aborrecimento, mas não vou entender as palavras e consequentemente não conseguirei descobrir o que fiz de errado. Fale em tom baixo e abaixe-se para falar comigo, de modo que esteja falando comigo no mesmo nível.
Ajude-me a entender o comportamento inadequado de forma que me apóie, me ajude a resolver o problema ao invés de punir ou me dar uma bronca.
Ajude-me a descobrir os sentimentos que despertaram o comportamento. Posso dizer que estava bravo mas talvez estivesse com medo, frustrado, triste ou com ciúmes. Tente descobrir mais que a minha primeira resposta.
Ajuda quando você está modelando comportamento adequado para responder à crítica.
10. Ofereça escolhas reais – e apenas escolhas reais
Não me ofereça uma escolha ou pergunte “você quer…?” a menos que esteja disposto a aceitar não como resposta. “Não” pode ser minha resposta honesta para “Você quer ler em voz alta agora?” ou “ você quer usar a tinta junto com o Pedro?” É difícil confiar em alguém quando as escolhas não são realmente escolhas.

Você aceita com naturalidade o número enorme de escolhas que faz diariamente. Constantemente escolhe uma opção sobre outras sabendo que ter escolhas e ser capaz de escolher lhe dão controle sobre sua vida e futuro. Para mim, escolhas são muito mais limitadas, e é por isso que pode ser difícil ter confiança em mim mesmo. Dar-me escolhas freqüentes me ajuda a me envolver mais ativamente na minha vida diária.
Sempre que possível, ofereça uma escolha dentro do que tenho de fazer. Ao invés de dizer: “escreva seu nome e data no alto da página” diga: você gostaria de escrever primeiro o nome ou a data? Ou “qual você gostaria de escrever primeiro: letras ou números?”. A seguir diga: “você vê como o Paulo está escrevendo o nome no papel?”
Dar escolhas me ajuda a aprender comportamento adequado, mas também preciso entender que há horas em que você não pode escolher. Quando isso acontecer, não ficarei tão frustrado se eu entender o porque:
“não posso deixar você escolher nesta situação porque é perigoso. Você pode se machucar.”
“não posso dar essa escolha porque atrapalharia o Sérgio” (teria um efeito negativo sobre outra criança).
“eu lhe dou muitas escolhas mas desta vez tem de ser a escolha do adulto.”
A última palavra: acredite. Henry Ford disse: “quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo”. Acredite que você pode fazer uma diferença para mim. É preciso acomodação e adaptação mas autismo é um distúrbio não pré fixado. Não há limites superiores inerentes para aquisições. Posso sentir muito mais que posso comunicar e a coisa que mais posso perceber é se você acredita ou não que “eu posso”. Espere mais e você receberá mais. Incentive-me a ser tudo que posso ser, de modo que possa seguir o caminho muito depois de já ter saído de sua classe.

Por Ellen Notbohn traduzido por Heloiza Goodrich

domingo, 26 de maio de 2013

Borboletas-de-papel

Para aqueles que tem uma paciência de Jó...

E para aqueles que sabem produzir obras de arte com reciclagem.
Eu não disponho mais de tempo pra reciclagem na decoração, mas é muito lindo, tem um efeito incrível :D

Rebecca Cole é uma artista que adora guardar selos usados e pequenos pedaços de papel, que de outra forma seriam jogados no lixo, e transformá-los em belas esculturas.


Mais trabalhos da artista: http://www.rebeccajcoles.co.uk/
Fonte: Mymodernmet
Divulgado no site Coletivo Verde.

Lembrança: Flores de e.v.a. e garrafa pet

 
Já sei pessoal, postei muito em cima da hora... mas como diz a Vani, "...a produção aqui não para."

 Mas vejam como é simples de fazer, principalmente para quem tem um cortador de florzinha (o que não é o meu caso).

 Corte 2 garrafas pets de 2,5l e uma de 600ml( de preferencia verde) ao meio e depois faça tiras que você vai dobrar uma a uma e fazer uma pequena ponta para passar as flores.


Depois de colocar as flores na ponta de cada haste que você fez, use florzinhas de biscuit ou pequenos circulos na cor que preferir para fazer acabamento.
 


 Finalmente faça um laço e pronto!
Tem gente que vai achar espaço para bombons ou algo assim no interior desse vasinho... rsrs!


SUPORTE DE DOCES COM GARRAFA PET PASSO A PASSO

Suporte de doces com garrafa PET faça você mesma um lindo suporte de doces com reciclarem de garrafas PET para suporte doces casamento, festas de aniversário de 15 anos e decoração de mesa de festa infantil.
suporte de doces com garrafa PET
Reciclagem de garrafa PET  é super fácil de fazer, e este suporte de docinhos para festa é muito fácil também, você nem precisa gastar muito e terá um objeto decorativo  super bonito. Aproveite a sugestão para decorar mesas de festas para o dia das mães.

PASSO A PASSO DO SUPORTE COM GARRAFA PET

Confira os detalhes de como fazer o suporte com garrafas PET para docinhos de festas:
reciclagem de disco de vinil
A base para o stand de doces é um LP de vinil que eu decidi colocar em bom uso, uma vez que eu já não tenho um toca-discos.
Você também pode usar uma bandeja de bolo, cerâmica ou placa de vidro, e até de papelão ou o que preferir.
reciclando garrafa PET
Você tem que usar 10 milímetros HSS broca para ampliar o furo no centro do vinil para caber um passador de 10 milímetros para o stand.
Você também vai usar a mesma broca para perfurar um buraco no centro de recipientes de plástico que serão montados no passador. Fure a partir do interior através do fundo – é mais fácil.
stand com garrafas PET
Eu empurrei os recipientes para o passador e eles se encaixam agradável e confortável, mas você pode adicionar um pouco de cola epóxi, se você precisa.
Isso foi muito tentativa e erro para começar, mas estou muito feliz com a forma como ele saiu.
garrafas PET pintadas
Antes de colar tudo no lugar, eu pulverizado cada parte com Rust-Oleum 2X cetim flor branca.
  Eu ia deixá-lo branco, mas você vai ver que eu mudei minha mente e pulverizado rosa. Eu decidi ir feminino e over-the-top.
reciclando garrafas PET
Todos os recipientes individuais são coladas na base usando a minha Dremel Pistola de cola quente e bastões de cola.
I aplicada cola à base de cada contentor e alinhou-se tudo da mesma maneira.
Coloque todos os recipientes em torno da base de modo que você pode garantir um bom ajuste e que cada recipiente tocar na borda do próximo.
tinta spray para garrafa PET
Depois que tudo estava preso junto agradável e seguro tomei o stand ao ar livre e pulverizado com Rust-Oleum 2X pink candy gloss.
As novas latas 2X foram formulados para vaporizar na direcção de plástico e funciona como um sonho.
pintura em garrafa PET
Eu disse que eu ia over-the-top? Eu usei a minha pistola de cola para ficar em algumas borboletas de prata brilhantes aqui e ali, assim como algumas flores brilhantes cor de rosa.
Não exagerado, mas definitivamente over-the-top para mim.
suporte com garrafas PET
Como o toque final na decoração apliquei uma camada fina de cola Bostik clara em torno da borda de cada recipiente e, em seguida, polvilhado em alguns glitter prata.
suporte de doces com garrafas PET
Último item foi adicionar uma gota de madeira no topo como uma alça e para acabar com o suporte de chocolate.
Dicas:
Aproveite a sugestão e faça para decorar mesas para o dia das mães.
Se quiser fazer um mini suporte de garrafas PET para centro de mesas, é só usar garrafas PET menores.
Espero que tenham gostado assim como eu que amei essa dica, por favor deixe comentário, curta e compartilhe para mais pessoas e até a próxima.
Fonte: home-dzine

quarta-feira, 15 de maio de 2013

10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus - Lúpus: sem cura, mas sob controle

A doença autoimune acomete mais mulheres com idade entre 20 e 45 anos, e tem sintomas variados. O tratamento é feito com remédios, que regulam o funcionamento do sistema imunológico. No final do post, não deixe de ouvir um Podcast sobre o lúpus, com uma entrevista com a Drª Suellem Narimatsu.
Uma doença que pode surgir em qualquer época da vida e não tem cura. Ainda assim, é possível conviver com ela, desde que o paciente siga o tratamento de forma adequada. Trata-se do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Existem dois tipos. O primeiro, o eritematoso, atinge apenas a pele, provocando manchas avermelhadas em áreas mais expostas à luz solar, como braços, orelhas, rosto e colo. Já o segundo, o sistêmico, pode prejudicar coração, rins e pulmões.
*Clique na imagem abaixo para aumentar/diminuir o tamanho do texto
info-lupus
Os principais sintomas são mal-estar, febre, dor e inchaço nas articulações, queda de cabelo, feridas na boca, manchas na pele, entre outras manifestações. “A gama de sintomas é vasta e pode acometer qualquer órgão ou tecido do organismo”, explica o médico reumatologista Gustavo Lamego de Barros Costa, vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia.
Rara, a doença pode acometer qualquer pessoa, mas a incidência é mais comum em mulheres jovens, entre 20 e 45 anos, manifestando-se com maior frequência em mestiços e nos afrodescendentes (independentemente do sexo). De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a estimativa é de que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus no país, sendo a maioria do sexo feminino. Ainda segundo a entidade, uma em cada 1.700 brasileiras possivelmente tem a doença. Informações do Ministério da Saúde constatam que, apenas no ano passado, 4.475 pessoas foram internadas em decorrência da doença em unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), o que custou cerca de R$ 3,5 milhões aos cofres públicos.
Segundo Barros Costa, o lúpus surge em qualquer fase da vida, sem motivos aparentes. Questões genéticas podem ou não influenciar o aparecimento da doença, mas, em geral, a causa ainda é desconhecida. “Temos um sistema de defesa, que é o imunológico e, às vezes, há uma desregulação. Ele passa, então, a atacar algumas células do organismo, e isso é o que chamamos de doença autoimune. O lúpus não é causado por infecção ou bactéria, é o próprio organismo que o desenvolve”, afirma.
A doença se manifesta de diferentes formas no organismo, podendo ser de maneira leve ou mais grave. Na maioria dos casos, surgem lesões na pele, especificamente nas bochechas e no nariz, formando um desenho semelhante ao de “asa de borboleta”. Além disso, muitos doentes com lúpus têm fotossensibilidade à luz do sol. “Os raios ultravioleta são capazes de ativar o lúpus, sobretudo na pele, e a pessoa desenvolve, depois da exposição à luz solar, manchas avermelhadas na bochecha”, acrescenta. Alterações no sangue e dores ou inchaços nas juntas também são comuns. Em casos mais graves, ela pode afetar os rins ou causar inflamações nas membranas do pulmão e do coração. Alterações neuropsiquiátricas como depressão, alteração de humor e até convulsões são mais raras, mas também podem ocorrer.
Gustavo Barros Costa explica que o diagnóstico é feito após uma análise criteriosa das manifestações apresentadas pelo paciente no exame denominado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), obtido no exame de sangue. “Quase 100% dos pacientes com lúpus têm o FAN positivo em valores alto. Mas muita gente que tem o FAN positivo não necessariamente vai desenvolver a doença. Esse fator ajuda para o diagnóstico, mas não é o único avaliado para se descobrir o lúpus”, explica.
A síndrome de Sjogren (boca e olhos secos, artrite leve, FAN pontilhado e as vezes Fator reumatóide positivo) frequentemente é confundida com Lúpus. E muitos pacientes com Lúpus podem evoluir com a associação com a síndrome de Sjogren. É complexo e às vezes difícil de explicar.

Medicamentos

O lúpus não tem cura, mas, sim, controle. Segundo o médico, os remédios com corticoide, cloroquina e os imunosupressores são os mais indicados, mas a recomendação varia de pessoa para pessoa. “O tratamento é à base de medicamentos que vão modular o sistema imunológico. Vai depender da manifestação de cada paciente”, salienta o médico. Já os sintomas mais leves podem ser tratados com analgésicos e anti-inflamatórios. Segundo o Ministério da Saúde, dois medicamentos indicados para tratar o lúpus — a azatioprina e a ciclosporina (há diversas dosagens) — são ofertados gratuitamente na rede pública.
O vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia ainda explica que outras duas formas de lúpus também são comuns, porém mais leves e têm cura. “O lúpus discoide é quando a pessoa tem só uma lesão na pele e o tratamento é simples, podendo ser com pomada ou remédio. Já o lúpus induzido por drogas é aquele causado após o uso de algum medicamento que dê efeito colateral semelhante aos sintomas do lúpus”, finaliza.

Depoimento: susto e gravidez

Quando Fabiana Rodrigues, 27 anos, descobriu que tinha a doença há três anos, levou um susto. Os sintomas surgiram de repente. “Comecei a sentir muita dor nas juntas. Depois inchaço e queda de cabelo”, conta. Após o diagnóstico, a professora teve nefrite (inflamação nos rins) e uma crise de pressão alta que a levou para o hospital. Acabou entrando em depressão. Proibida de tomar anticoncepcionais, porque afetava os rins, engravidou. “Fiquei assustada, procurei o médico e fiz o pré-natal certinho. Suspendi alguns remédios para não afetar a formação do bebê. Considero minha filha um milagre, pois ela nasceu saudável”, conta, referindo-se à Vitória, de 1 ano e 5 meses. Atualmente, a doença é controlada pela ingestão de quatro remédios regulares. “Trabalho e levo uma vida normal”, afirma.

TIRA-DÚVIDAS

Quem tem lúpus pode engravidar?

Sim, desde que a doença esteja controlada. Por isso, é necessário que a mulher se programe antes de decidir ter um filho.

Estresse emocional causa lúpus?

Não, mas pode contribuir para desencadear os sintomas iniciais da doença ou reativá-la.

A pessoa com a doença tem mais chance de ter uma infecção?

O lúpus interfere no sistema imunológico e esse desequilíbrio facilita o aparecimento de infecções, que também podem surgir devido ao uso dos medicamentos para o tratamento contra a doença.

Tenho lúpus. Posso usar remédios para outras doenças concomitantemente?

Possivelmente sim, mas é interessante conversar com um reumatologista antes.

Os remédios deixam a pessoa inchada?

Não, mas os corticoides em doses altas e ingeridos nas fases mais ativas e graves da doença podem ter esse efeito. Eles também aumentam o apetite, ou seja, o paciente deve ficar atento à dieta e manter atividade física regular.

Outras doenças podem ter os mesmos sintomas do lúpus?

Sim, os sintomas do lúpus não são exatamente exclusivos. Pessoas que têm hanseníase, hepatite C, rubéola ou outras doenças autoimunes podem desenvolver sintomas muito parecidos e ter o exame de FAN positivo sem que tenham lúpus.

Quando o tempo está nublado, é necessário proteger-se com fotoprotetor?

Sim, a maioria das pessoas com lúpus tem sensibilidade ao sol, e essa sensibilidade não é só à luz direta, mas à claridade. Logo, mesmo nos dias nublados e na sombra, de uma forma geral, é necessário usar fotoprotetor e preferencialmente se cobrir com uma blusa fina.

Existem produtos naturais ou vacinas que melhorem a imunidade?

Não. A melhor atitude para melhorar a imunidade é manter uma vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, sem álcool, cigarro ou excessos dietéticos. Não existem produtos que melhorem a imunidade e alguns podem mesmo prejudicar o sistema imunológico.

O lúpus causa queda de cabelo?

As manifestações cutâneas do lúpus são as mais comuns, e no couro cabeludo temos lesões avermelhadas com atrofia chamadas discoides que causam perda definitiva de cabelo, pela cicatriz. A perda difusa de cabelo, sem estas lesões, é relativamente comum e está relacionada à atividade da doença. Pode responder parcialmente ao tratamento com corticoide tópico e oral, hidroxicloroquina (reuquinol), talidomida (contraindicada em mulheres férteis), e dapsona. Os reumatologistas e dermatologistas convivem com pacientes que seguem corretamente as recomendações e as lesões ainda persistem provocando importantes alterações estéticas. Portanto o acompanhamento com estes profissionais com abertura para discutir as opções disponíveis e seus prós e contras, é o mais indicado.

Quais os órgão que a doença lúpus atinge?

Os órgãos e locais mais envolvidos são: pele, articulações, pleura, pericárdio, rins, pulmões, medula óssea, nervos, sistema nervoso central.

Quais manifestações clínicas mais frequentes?

 - Lesões de pele: ocorrem em cerca de 80% dos casos, ao longo da evolução da doença. As lesões mais características são manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, denominadas lesões em asa de borboleta (a distribuição no rosto lembra uma borboleta) e que não deixam cicatriz. As lesões discóides, que também ocorrem mais frequentemente em áreas expostas à luz, são bem delimitadas e podem deixar cicatrizes com atrofia e alterações na cor da pele. Na pele também pode ocorrer vasculite (inflamação de pequenos vasos), causando manchas vermelhas ou vinhosas, dolorosas em pontas dos dedos das mãos ou dos pés. Outra manifestação muito característica no LES é o que se chama de fotossensibilidade, que nada mais é do que o desenvolvimento de uma sensibilidade desproporcional à luz solar. Neste caso, com apenas um pouco de exposição à claridade ou ao sol, podem surgir tanto manchas na pele como sintomas gerais (cansaço) ou febre. A queda de cabelos é muito frequente mas ocorre tipicamente nas fases de atividade da doença e na maioria das pessoas, o cabelo volta a crescer normalmente com o tratamento.
 - Articulares: a dor com ou sem inchaço nas juntas ocorre, em algum momento, em mais de 90% das pessoas com LES e envolve principalmente nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, tendem a ser bastante dolorosas e ocorrem de forma intermitente, com períodos de melhora e piora. Às vezes também surgem como tendinites.
 - A inflamação das membranas que recobrem o pulmão (pleuris) e coração (pericardite) são relativamente comuns, podendo ser leves e assintomáticas, ou, se manifestar como dor no peito. Caracteristicamente no caso da pleuris, a dor ocorre ao respirar, podendo causar também tosse seca e falta de ar. Na pericardite, além da dor no peito, pode haver palpitações e falta de ar.
 - Inflamação nos rins (nefrite): é uma das que mais preocupam e ocorrem em cerca de 50% das pessoas com LES. No início pode não haver qualquer sintoma, apenas alterações nos exames de sangue e/ou urina. Nas formas mais graves, surge pressão alta, inchaço nas pernas, a urina fica espumosa, podendo haver diminuição da quantidade de urina. Quando não tratada rapidamente e adequadamente o rim deixa de funcionar (insuficiência renal) e o paciente pode precisar fazer diálise ou transplante renal.
 - Alterações neuro-psiquiátricas: essas manifestações são menos frequentes, mas podem causar convulsões, alterações de humor ou comportamento (psicoses), depressão e alterações dos nervos periféricos e da medula espinhal.
 - Sangue: as alterações nas células do sangue são devido aos anticorpos contra estas células, causando sua destruição. Assim, se os anticorpos forem contra os glóbulos vermelhos (hemácias) vai causar anemia, contra os glóbulos brancos vai causar diminuição de células brancas (leucopenia ou linfopenia) e se forem contra as plaquetas causará diminuição de plaquetas (plaquetopenia). Os sintomas causados pelas alterações nas células do sangue são muito variáveis. A anemia pode causar palidez da pele e mucosas e cansaço e a plaquetopenia poderá causar aumento do sangramento menstrual, hematomas e sangramento gengival. Geralmente a diminuição dos glóbulos brancos é assintomática.

Uma nova experiência

A doença foi nomeada com uma clara referência aos lobos, maiores membros selvagens da família canidae. Perigoso como esses animais, o lúpus pode atacar quase qualquer órgão ou tecido do paciente, causando danos generalizados. Pouco se sabe sobre a causa e o desenvolvimento da enfermidade, que tem agora mais um fator intrigante adicionado à sua lista de mistérios. Em artigo publicado na revista Science Translational Medicine, um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostra, pela primeira vez, que esses “lobos biológicos”, às vezes, podem ser domados e ter sua ferocidade usada no combate de outro mal grave: o câncer.
O lúpus é uma doença autoimune em que os anticorpos do próprio organismo destroem células saudáveis, tendo como principal alvo o DNA presente no núcleo. É exatamente a capacidade desses anticorpos de acessar o interior celular que chamou primeiramente a atenção de James Hansen e seu time de pesquisadores. Os experimentos conduzidos por eles em laboratório partiram da hipótese de que esses anticorpos poderiam funcionar como ótimos veículos para o transporte de agentes terapêuticos, depositando com maior eficiência potentes armas de tratamento contra o câncer, por exemplo.
Inicialmente, os pesquisadores utilizaram os anticorpos do lúpus para fornecer proteínas que protegeriam as células saudáveis da radiação ionizante usada para combater tumores. No entanto, um interessante e inesperado fenômeno foi descoberto enquanto esses procedimentos eram conduzidos. A equipe notou que um anticorpo chamado 3E10 conseguiu, sozinho, tornar as células de tumores ovarianos mais suscetíveis ao tratamento com radiação.
Como ele faz isso? Para entender o processo, é preciso antes compreender como funcionam as células saudáveis do organismo. Elas têm a capacidade de reparar danos causados ao DNA. Por exemplo, quando a pessoa fuma, absorve a fumaça dos carros ou ingere bebida alcoólica, alguns danos são causados diretamente ao material genético. Como consequência, as células do organismo interrompem esse processo destrutivo e promovem a recuperação do DNA lesado. Assim que reparadas, as células retornam ao seu ciclo normal de funcionamento. Algumas afetadas pelo câncer, por outro lado, têm um mecanismo que inibe esse processo de “conserto”. Dessa forma, elas continuam a se reproduzir, garantindo uma sobrevida, já que estão protegidas da ação de defesa do corpo.
O 3E10 consegue reverter essa ação das células de câncer. O anticorpo inibe o bloqueio feito por elas e facilita uma retomada dos mecanismos normais de reparação celular. Para entender o funcionamento dessa inibição, os pesquisadores identificaram e isolaram o 3E10, estudando sua ação tanto em um meio controlado, no laboratório, como em cobaias (veja infografia acima). Ao penetrar nas células, ele adere ao DNA e bagunça o sistema de reparação das fitas de material genético feito pelas células cancerígenas. Com isso, elas ficam mais suscetíveis a ações de defesa, não só do sistema imunológico natural, mas também de terapias como radiação e quimioterápicos.

Aplicação

A ação desses anticorpos é particularmente mais efetiva em tumores que têm a via de bloqueio para reparação de DNA como uma de suas principais armas. É o caso de alguns tipos de câncer de próstata, mama e ovários. “Em tumores de mama, como o BRCA1 e o BRCA2, vemos muito essa característica, e de forma latente. Entretanto, eles correspondem a uma pequena parcela de incidência, cerca de 5% a 10% dos tumores de mama. A aplicabilidade, portanto, não é tão fácil, mas é interessante para confirmar que essa via de regeneração é importante para imaginar, futuramente, uma via importante para o tratamento”, afirma o oncologista Anderson Silvestrini, do Hospital Santa Luzia.
Essas propriedades do anticorpo 3E10 podem explicar resultados encontrados em pesquisas anteriores que mostraram uma incidência menor desses tipos de tumor em pacientes com o lúpus. Hansen lembra os dados relatados pela reumatologista canadense Sasha Bernatsky, no ano passado. Dois artigos publicados por ela trouxeram à tona mais um fator até então desconhecido sobre pacientes com lúpus. Informações coletadas em grandes estudos epidemiológicos descreveram uma menor frequência de câncer de próstata, mama e ovários em pacientes com a doença autoimune em comparação à população geral. “Muitos anticorpos do lúpus são tóxicos. Porém, o raro 3E10, além de ser altamente penetrante e atuar no DNA das células, não é perigoso aos tecidos”, reforça Hansen.
O líder do grupo de pesquisa alerta que ainda é necessário maior investigação para identificar outros caminhos que tornam as células tumorais sensíveis ao 3E10 e analisar a farmacocinética e outras características do presente tratamento. “Esse anticorpo tem grande potencial para o desenvolvimento de terapias contra cânceres que atuam na deficiência de reparação do DNA saudável, seja como um agente isolado ou associado a uma terapia de danificação de DNA, para destruição da célula cancerígena”, conclui Hansen. Como forma de ressaltar os efeitos benéficos do anticorpo em organismos saudáveis, ele cita ainda um estudo clínico de fase I conduzido pela Food and Drug Administration (FDA), órgão de vigilância sanitária dos EUA. Os testes foram positivos para a utilização do 3E10 como uma vacina.

Proteína ameniza sintomas

Na procura de pistas para entender o desenvolvimento do lúpus nos pacientes, outro artigo publicado na Science Translational Medicine sugere que a ausência de uma proteína chamada NADPH oxidase pode tornar a doença mais agressiva. Um grupo de pesquisadores, também da Escola de Medicina de Yale, descobriu que camundongos sem a capacidade de produzir essa proteína têm os sintomas do mal agravados. Ao contrário do que era conhecido até então, os resultados sugerem que a NADPH oxidase pode diminuir os sintomas do lúpus, que variam de uma pessoa para outra tanto em característica quanto em intensidade de manifestação.
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Lupus experiência
Para chegar a essa conclusão, o grupo liderado por Allison Campbell partiu da crença da maioria dos estudiosos de que a morte de glóbulos brancos chamados neutrófilos, por meio de um mecanismo conhecido como NETosis, seria a provável fonte estimulante do sistema imunitário no lúpus. Os pesquisadores criaram camundongos propensos à doença, nos quais os neutrófilos não podem morrer por NETosis, pois faltaria a eles a NADPH oxidase. Diferentemente do esperado, não só os animais desenvolveram a doença, como essa evoluiu para formas mais graves. Os autores suspeitam que, sem a proteína, os neutrófilos morrem de uma forma que inflama o sistema imunitário e torna o lúpus pior.
No Podcast abaixo, você vai ouvir uma entrevista com a Dra. Suellen Narimatsu (foto), que fala sobre fatores, grupos de maior incidência, diagnóstico, sintomas e distintos tratamentos dos casos de lúpus. Não deixe de ouvir! Clique e ouça!

Fonte: http://www.lersaude.com.br/lupus-sem-cura-mas-sob-controle/