domingo, 20 de outubro de 2013

Um Mestre da sabedoria...

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu jovem discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre, e resolveu fazer uma breve visita.
Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e das oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira e os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas sujas e rasgadas. Aproximou-se do senhor, que parecia ser o pai daquela família, e perguntou: “Neste lugar não há sinais de pontos de comércio, nem de trabalho. Como vocês sobrevivem”?
Calmamente veio a resposta:
“Meu senhor, temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte nós vendemos ou trocamos na cidade mais próxima por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte fazemos queijo, coalhada, etc., para o nosso consumo… e assim vamos sobrevivendo”.
O Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, em tom grave, ordenou ao seu fiel discípulo:
“Pegue a vaquinha, leve-a até o precipício e empurre-a lá para baixo”.
Em pânico, o jovem ponderou ao Mestre que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela família. Percebendo o silêncio do Mestre, sentiu-se obrigado a cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo, vendo-a morrer.
Essa cena ficou marcada na memória do jovem durante alguns anos. Certo dia, ele decidiu largar tudo o que aprendera e voltar ao mesmo lugar para contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.
Quando se aproximava, avistou um sítio muito bonito todo murado, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.
Apertou o passo e ao chegar lá foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre a família que ali morou há alguns anos.
“Continuam morando aqui”, respondeu rapidamente o caseiro.
Surpreso, ele entrou correndo na casa e viu que era efetivamente a mesma família que visitara antes com o Mestre. Depois de elogiar o local, dirigiu-se ao senhor que era o dono da vaquinha que havia morrido:
- “Como o senhor conseguiu melhorar este sítio e ficar tão bem de vida”?
A resposta veio com entusiasmo:
- “Tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que aprender a fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos”.
E completou feliz:
- “Assim, conseguimos conquistar o sucesso que seus olhos vêem agora”!

Moral desta história:
Todos nós temos uma “vaquinha”, que nos dá as coisas básicas para sobreviver, mas que nos obriga a conviver com uma cega rotina.
As vezes precisamos empurrar uma vaquinha para vir as mudanças em nossas vidas. Identifique a sua “vaquinha”.

Fonte: http://mensagemdodia.com/blog/2011/11/historia-da-vaquinha/#ixzz2hBJYfiHb

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Haloperidol causa encolhimento temporário do cérebro

Pesquisa publicada na revista Nature concluiu que o haloperidol reduz temporariamente o tamaho de uma região do cérebro responsável pelo controle do movimento e da coordenação, causando efeitos colaterais como tremores, babação e a síndrome da perna inquieta (restless leg syndrome).

Apenas duas horas depois de receber uma injeção do medicamento, voluntários saudáveis experimentaram prejuízos nas suas habilidades motoras que coincidiram com uma diminuição no volume da matéria cinzenta do corpo estriado (striatum).

Clare Parish, do Howard Florey Institute, afirmou ser estarrecedor constatar que houve um remodelamento do corpo estriado em tão curto período. E acrescentou: "nosso ponto de vista é que apenas mudanças químicas aconteceriam em tão curto período de tempo".

Com imageamento de ressonância magnética funcional (fMRI) os autores observaram a diminuição do corpo estriado dos voluntários e mudanças na estrutura do circuito motor de seus cérebros. Além disso, seu tempo de reação em um teste de computador feito depois do tratamento caiu, indicando o começo dos lapsos no controle motor que afeta muitos pacientes sob efeito de antipsicóticos.

O haloperidol tem vários efeitos colaterais, mas muitos são menores e diminuem com algumas semanas do tratamento começado. Com poucas alternativas melhors, os psiquiatras têm prescirto a droga por mais de 40 anos para tratar pessoas com alucinações, delírios, ilusões e hiperatividade.

O haloperidol, como muitos antipsicóticos, bloqueia o receptor D2, que é sensível à dopamina. A droga deprime a elevada atividade dopaminérgica que se acredita ser subjacente à psicose. Esses receptores são abundantes no corpo estriado, onde sua atividade regula a expressão dos genes.

Andreas Meyer-Lindenberg, professor de psiquiatria e psicoterapia da Universidade de Heidelberg, Alemanha, diz que esta é a mais rápida mudança no volume do cérebro já vista: "Outros estudos mostraram que outras regiões do cérebro mudam de volume em alguns dias, mas este ocorre em duas horas, e na metade do tempo ele salta para o volume anterior".

Com um dia, o cérebro dos voluntários volta quase até o volume original, após passado o efeito da droga o que, para Meyer-Lindenberg, reduz o receio de que haja destruição de neurônios: "Sabemos que não está matando os neurônios, porque o cérebro volta ao tamanho original", ele diz.

A equipe sugere que o haloperidol reduza o tamanho das sinapses. Meyer-Lindenberg especula que a mudança seja mediada pela proteína BDNF, nevolvida no crescimento das sinapses e que diminui em resposta ao tratamento com o antipsicótico em ratos.

Para Shitij Kapur, do Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres, isso causará preocupações a algumas pessoas, mas as contrapõe lembrando que as mudanças parecem ser reversíveis e que a dose usada no experimento é maior que a usualmente receitada aos pacientes.

As descobertas também dão pistas do porquê pessoas com transtorno bipolar têm reduzida sua massa cinzenta em partes do cérebro depois de alterações maníacas do humor. Andrew McIntoshm da Universidade de Edinburgh diz que a conexão entre as variações de tamanho do cérebro e de um antipsicótico e a redução de massa cinzenta que ovservaram em pacientes esquizofrênicos e bipolares ainda é "um pouco incerta, mas este artigo definitivamente faz o tema merecer investigação".

Fonte: http://cronicaautista.blogspot.com.br/2010/06/haloperidolcerebro.html

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Deficiente leva meses para obter desconto em carro, mas valor compensa

Em 2011, depois de enfrentar o lúpus (doença autoimune) por vários anos, a aposentada Márcia Maria Cestari, 44 anos, decidiu voltar a dirigir. Por conta das sequelas provocadas pela enfermidade, que incluem perda de parte dos movimentos dos pés, das pernas e das mãos, ela conseguiu comprar um Volkswagen Fox com isenção total de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Renata Turbiani Colaboração para o UOL

  Renata Turbiani/UOL
Só estacionar em vaga especial não resolve: pessoas com deficiência têm direito a abatimentos no preço de carros, mas o caminho para chegar a eles é longo

Segundo a motorista, moradora de São Bernardo do Campo (SP), devido à dispensa no pagamento dos tributos o veículo, que custaria cerca de R$ 50 mil na época já com os opcionais incluídos, saiu por menos de R$ 37 mil (cerca de 26% de desconto).

Os benefícios concedidos a Márcia, além de praticamente indispensáveis devido aos custos de adaptação posterior do veículo, não são privilégio dela. 

No Brasil, desde 24 de fevereiro de 1995, com a entrada em vigor da lei 8.989 (vigência prevista até 31 de dezembro de 2014), portadores de deficiência física, ainda que menores de 18 anos, têm o direito de adquirir diretamente ou por intermédio de seu representante legal veículos sem a cobrança do IPI. Em 2003, o auxílio também passou a valer para pessoas com deficiência visual, mental severa ou profunda e autistas.

A isenção do ICMS veio mais tarde, em 2007, e por enquanto pode ser solicitada até 31 de dezembro deste ano – provavelmente haverá prorrogação. A Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, com validade indeterminada, já concedia a isenção de IOF (Imposto sobre Operação de Crédito, Câmbio e Seguro). Em muitos Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná, os portadores de deficiência contam ainda com outra desobrigação, a do pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Na capital paulista o benefício é concedido desde 2008 e não tem prazo para ser encerrado.

PACIÊNCIA
O processo para obtenção das isenções é bastante demorado (pode passar de seis meses) e cheio de exigências. De acordo com Thayse Kessuane Gil Moreira, analista de documentos do Lyon Despachantes, filiada à Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), o primeiro passo é pedir ao médico um laudo com a CID (Classificação Internacional de Doenças) da enfermidade e as restrições provocadas por ela.

APOIO AO CLIENTE ESPECIAL

  • Renata Turbiani/UOL
    A Fiat, com o Autonomy, e a Honda, com o Conduz, são duas das várias montadoras que têm programas e treinamento específicos para atentimento a deficientes (leia no box)
Em seguida, se o próprio solicitante for o condutor, ele tem de procurar uma autoescola especializada para obter a troca da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mas a mesma só será emitida após a realização dos exames médico, psicotécnico e prático. "Na nova carta deverão constar todas as condições necessárias para a direção e também as relacionadas às adaptações do veículo. Por exemplo, se o motorista só puder pilotar carros automáticos, essa informação irá aparecerá lá", explica Thayse.

MONTADORAS AJUDAM

Para conseguir as isenções, o solicitante pode fazer todo o processo sozinho, procurando o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e os postos locais da Receita Federal e da Secretaria da Fazenda, ou então contratar os serviços de um despachante. As próprias montadoras podem ser boas conselheiras neste processo.
Atualmente, muitas oferecem programas que orientam os portadores de deficiência a conseguir os benefícios. A Honda, por exemplo, oferece o Conduz.
Segundo Ricardo Rodrigues da Silva, supervisor de vendas especiais da marca, o serviço foi criado em 1997 e inclui o treinamento das equipes de vendas, orientações com relação à obtenção das isenções e informações detalhadas sobre a preservação da garantia oferecida. "Mais de 57 mil veículos já foram vendidos nos 16 anos do programa", conta.
Outra fabricante que investe no auxílio aos deficientes para escolher o carro adequado e solicitar isenções fiscais é a Fiat. "O Autonomy nasceu em 1994, na Itália, e chegou ao Brasil dois anos depois", explica Ricardo Francisco de Souza, supervisor de vendas diretas do programa. E ele acrescenta: "Por mês vendemos 600 unidades".
Além de atendimento diferenciado, a montadora oferece descontos no valor final do carro (que pode chegar a 5%), certificação das empresas adaptadoras, um ano de garantia adicional e assistência estendida. Volkswagen, Renault, Peugeot e Toyota também têm programas de assistência aos portadores de deficiência. Devido a preço e origem, nem todos os modelos podem receber isenções: o ideal é consultar a marca de preferência e conhecer as opções.
A próxima etapa é requerer junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), ou nas clínicas credenciadas, o Laudo para Condutor. Nele, o médico indicado atestará o tipo de deficiência, a eventual incapacidade física para dirigir veículos com câmbio manual, e indicará o tipo de carro ideal, com suas características e adaptações necessárias. Caso o pleiteante não seja o condutor do veículo, no laudo deverá constar apenas o código CID e o grau de deficiência física ou visual.

FEDERAL, ESTADUAL
Com tudo isso em mãos, o solicitante deve ir até a Receita Federal, responsável pela concessão da isenção de IPI e IOF, e apresentar uma série de documentos, como declaração de disponibilidade financeira ou patrimonial, cópia da CNH, do RG e do CPF e prova de contribuição ao INSS (holerite ou extrato da aposentadoria são algumas aceitas), além dos formulários de pedido de dispensa do pagamento dos impostos fornecidos pela própria Receita Federal.

Francisco José Branco Pessoa, coordenador estratégico da Equipe de Isenção de IPI e IOF no Estado de São Paulo (8ª Região Fiscal) da Receita Federal, diz que o tempo para a obtenção das autorizações varia em todo o Brasil. "Na capital paulista a análise é feita por uma equipe regional de especialistas, constituída em julho de 2012, e, atualmente, o tempo médio de espera é de 40 dias", relata.

Após essa primeira liberação, o postulante tem 180 dias para procurar a Secretaria da Fazenda e pedir o benefício do ICMS. Entre os documentos exigidos estão os mesmos determinados pela Receita Federal, o que inclui os laudos médicos, além de declaração da concessionária onde será feita a compra do automóvel, comprovante de residência, extrato bancário, requerimento fornecido pelo órgão e autorização expedida pela Receita para aquisição do veículo com isenção do IPI e do IOF. Se deferido, o que normalmente ocorre em 30 dias, será dada a licença, também válida por 180 dias a partir da data de emissão.

Já a petição da isenção do IPVA só é feita após a aquisição do carro. O prazo para a solicitação, também junto à Secretaria da Fazenda, é de até 30 dias da data do documento fiscal. Para isso, deve-se apresentar todos os documentos anteriores e mais cópia da nota fiscal ou do Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica) e declaração de que não possui outro veículo com o benefício.

As isenções de IPI e ICMS valem para automóveis de passageiros ou de uso misto, fabricados no Brasil ou nos países do Mercosul, e com preço até R$ 70 mil. Elas podem ser solicitadas a cada dois anos, tanto pelo condutor quanto por seu representante legal. Caso o portador da deficiência não seja o condutor do carro, este será dirigido por motorista autorizado pelo requerente (podem ser indicadas até três pessoas). Para o IPI, as alíquotas mudam de acordo com o tipo de veículo a ser adquirido e, até 31 de dezembro deste ano, vão de 2% (carro 1.0) a 25% (carro a gasolina acima de 2 litros).

PÉS PELAS MÃOS

  • Renata Turbiani/UOL
    Itamar Garcia e seu Fit, adquirido com cerca de 20% de desconto; ele não move as pernas, e por isso acelera e freia manualmente (note a alavanca à esquerda do volante)
Já o valor do ICMS muda em cada Estado. Em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro é de 12%; na Bahia, de 17%. No caso do IOF, adianta Pessoa, existem algumas restrições para se conseguir a dispensa do pagamento: a potência do carro não deve ultrapassar 127 cavalos e o benefício só pode ser usufruído uma vez -- e somente pelo condutor.

TIPOS DE DEFICIÊNCIA

FÍSICA
Apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções
VISUALAcuidade visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º, ou ocorrência simultânea de ambas situações
MENTAL
Incluindo severa ou profunda: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação anterior aos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas
AUTISMO
Transtorno autista ou autismo atípico
Fonte: Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)
"O benefício varia em função do valor que for financiado, observando que, se a aquisição for feita por arrendamento mercantil [leasing], o requerente não terá direito à isenção de IPI. As alíquotas vigentes de IOF são de 0,0041% ao dia mais o adicional de 0,38% sobre as operações de crédito, independentemente do prazo do financiamento contratado pela pessoa física", explica Pessoa, da Receita Federal.

Assim como no IOF, a isenção do IPVA vale apenas para o condutor do automóvel. As alíquotas atuais variam entre 3% e 4%, dependendo do tipo de veículo e do Estado onde será feita a compra. A analista de documentos Thayse diz que a autorização pode levar até seis meses para ser aprovada.

RECOMPENSA
Apesar da demora e da burocracia, quem já conseguiu o benefício diz que valeu a pena. É o caso de Itamar Tavares Garcia, 48 anos, sócio do Lyon Despachantes. Em abril do ano passado ele solicitou as isenções pela quarta vez. O veículo escolhido, que só pôde ser comprado quase 11 meses depois, foi um Honda Fit. "O preço de tabela do carro era de cerca de R$ 56 mil, mas paguei R$ 45 mil", lembra (desconto de 20%).

Garcia teve poliomielite aos oito anos de idade. Como não movimenta os membros inferiores, seu carro precisou ser adaptado com acelerador e freio manuais.

Márcia Cestari, a vítima do lúpus, também garante que a espera é recompensada. "Gastei R$ 500 no processo todo e ainda tive de esperar as autorizações por quase quatro meses, mas o desconto de R$ 13 mil que consegui foi ótimo, até porque ainda tive de desembolsar mais de R$ 1 mil para a instalação de freio e acelerador no volante", conta.
 
A aposentada ficou tão satisfeita que até já deu entrada em novas isenções. Ela pretende trocar o Volkswagen Fox que dirige no dia-a-dia por um modelo da Honda. "Ainda estou em dúvida, mas provavelmente será um Fit", finaliza.

Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/ - “Matéria postada em caráter informativo”

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dicas para autistas aprenderem a controlar a própria voz


Falar em voz alta é uma característica comum entre autistas, e isso ocorre principalmente por dois motivos: porque o autista não percebem que sua voz está alta demais e também porque não entendem que a alteração do volume de voz comunica uma mensagem de maneira diferente, mais agressiva. Não entendem, portanto, que falar em voz alta não é aceito em qualquer ambiente ou na presença de qualquer pessoa.
A melhor maneira de explicar isso ao autista é dizer claramente, ou mostrar, por meio de imagens, quais são os lugarem em que ele não deve falar em vozalta, como por exemplo a igreja ou bibliotecas. Em vez de usar frases como “Não fica bem falar em voz alta neste lugar”, prefira uma frase direta e objetiva, como “Você não pode falar em voz alta neste lugar porque o barulho incomoda as outras pessoas”.
O autista precisa que isso seja dito de forma bem clara, pois ele não irá começar a falar em voz baixa somente porque as outras pessoas estão falando assim. É possível que com o tempo, com a ajuda de uma pessoa para chamar a atenção para isso, ele se lembre de observar o modo como as outras pessoas falam, imitando o exemplo. Isso dependenderá, entretanto, do grau do transtorno, do treino, da paciência e habilidade da pessoa que o acompanha nestas situações e, claro, dele próprio.
Também é importante dar exemplos ao autista de como ele deve se dirigir aos familiares, aos professores, amigos e demais pessoas com quem ele convive diariamente. Ao ensinar-lhe como reagir diante de pessoas estranhas, também dever ser ensiando – e treinado – o tom de voz adequado.
Outra dica importante é mostrar ao autista como a voz muda de acordo com a posição da pessoa com quem ele conversa: se ambos estiverem sentados ou de pé, não há necessidade de aumentar o volume da voz. Se houver disposição da parte dele, isso também pode ser treinado regularmente.
Por fim, combinar e relembrar frequentemente um sinal para que o autista perceba que está falando em voz alta, e outro para indicar-lhe que o tom da voz foi reduzido adequadamente, também pode ajudar no desenvolvimento de suas habilidades sociais.
Texto escrito por Silvana Schultze, do bloghttp://www.meunomenai.com
Fonte: Livestrong.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013



UM PUNHADO DE SAL

"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim. - disse o jovem sem pensar duas vezes.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem jogasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.
Logo após o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - o jovem disse sem pestanejar.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não. - disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem em detrimento ao que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser copo, para tornar-se um Lago."


Fonte: 

sábado, 24 de agosto de 2013

O BURRO E O BURACO

O BURRO E O BURACO

Um dia, o jumento de um fazendeiro caiu num poço. O animal relinchou penosamente por horas, enquanto o fazendeiro pensava o que fazer.
Por fim, o fazendeiro chegou à conclusão de que o poço precisava mesmo ser fechado e, como o animal estava velho, não valia a pena resgatá-lo.
O fazendeiro convidou seus vizinhos para ajudá-lo. Todos pegaram pás e começaram a jogar terra dentro do poço.
No início, percebendo o que acontecia, o jumento relinchava, desesperado. Depois, para surpresa geral, aquietou-se.
Algumas pás de terra depois, o fazendeiro resolveu olhar para baixo e ficou surpreso com o que viu.
O jumento sacudia cada pá de terra que caía sobre ele, e aproveitava a terra para subir um pouco mais.
Enquanto os vizinhos do fazendeiro continuavam a jogar terra no animal, ele a sacudia e subia cada vez mais.
Não demorou para todos se espantarem ao ver o jumento escapar do poço e sair trotando alegremente.
A vida vai jogar terra em você. Todo tipo de terra. Para sair do poço, o segredo é sacudi-la e aproveitá-la para subir mais um pouco.
Cada um dos nossos problemas pode ser um degrau. Sairemos do poço mais profundo, se não nos detivermos, se não desistirmos. Sacuda a terra e aproveite-a para subir um pouco mais.

Lembre-se de cinco regras simples para ser feliz:
• Livre seu coração de todo ódio. Perdoe.
• Livre sua mente das preocupações. A maioria nunca acontece.
• Viva com simplicidade e aproveite o que você tem.
• Ofereça mais.
• Espere menos.


Fonte: Facebook

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

XBOX 360 e a interatividade da criança com autismo


Há um mês adquirimos o consolo do XBOX 360 percebo que o Gabriel está respondendo a interatividade da brincadeira e tenta falar para acessar o jogo, está mais calmo visto que gasta energia nesta interatividade com o kinect.


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ESPERANÇA CONTRA O DOWN POR QUÊ ?

NOTA REFERENTE MANCHETE DA VEJA



A FBASD - Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down torna público seu repúdio à manchete utilizada na edição 2331 da Revista Veja, p. 79, de 24/07/2013, intitulada "ESPERANÇA CONTRA O DOWN". A Federação e suas associadas entendem que o título da reportagem estimula uma noção negativa e depreciativa em relação às pessoas e a própria síndrome de Down, colaborando em sua estigmatização e na afronta à dignidade inerente às pessoas com síndrome de Down de um modo geral.

A Federação solicita à publicação espaço semelhante no sentido de publicar evidências de que pessoas com síndrome de Down são plenos sujeitos de direitos e que o fato de receberem de bom grado qualquer avanço da ciência não compete, sob nenhuma hipótese, na caracterização da síndrome como uma condição por si mesma indesejável. Trata-se de propugnar pelo respeito às características intrínsecas das pessoas e na valorização de todos os seus atributos humanos,rejeitando-se de imediato qualquer vestígio que invoque sentimentos de inferioridade ou eugenismo. Relatamos ainda o imenso desconforto que verificamos entre as próprias pessoas com síndrome de Down que leram a manchete e o prejuízo terrível causado a sua autoestima, pelos quais solicitamos suas providências em reverter o quadro infeliz divulgado de forma insensível e indelicada, não condizente com o jornalismo praticado pela publicação e pela maioria de seus profissionais.

Fonte:http://www.federacaodown.org.br/ - “Matéria postada em caráter informativo”

sábado, 27 de julho de 2013

Pais ajudam crianças autistas a darem e receberem afeto

'Eu nunca duvidei de todos os sentimentos que moravam em João Pedro', diz a mãe Denise. Foto: Arquivo pessoal
‘Eu nunca duvidei de todos os sentimentos que moravam em João Pedro’, diz a mãe Denise. Foto: Arquivo pessoal
Por Fernanda Aranda (IG São Paulo)
Aos dois anos de idade, o caçula da família Fonseca, João Pedro, foi diagnosticado como portador do transtorno autista. Desde então, o menino fez – e faz – cair por terra os estereótipos disseminados sobre o problema no desenvolvimento infantil que afeta um milhão de pessoas do Brasil, conforme contabilizou o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).
“Quem olha para o João Pedro, hoje com nove anos, cantando, feliz, brincando e sendo este menino que é carinho puro, duvida que ele seja autista. Deve ser porque eu nunca duvidei do turbilhão de sentimentos e capacidades que sempre moraram dentro do meu filho”, avalia Denise Fonseca, 40, que é professora e faz parte de um grupo de mães de autistas do Rio de Janeiro, o Mundo Azul.
“Graças à terapia precoce e a nossa não desistência, todas essas sensações foram, pouco a pouco, traduzidas em beijos e abraços diários”, completa.
Causas e consequências
Os especialistas ainda não conseguem afirmar com clareza quais são as causas do autismo – condição que não é detectada por exames no pré-natal e, na maior parte das vezes, só se manifesta a partir dos dois anos de idade. Mas os estudiosos sabem que os principais sintomas do espectro autista – dificuldade na fala, na comunicação, de fazer contato visual e estabelecer relação com o entorno – contribuíram para disseminar duas informações equivocadas e perigosas sobre eles.
“Um dos maiores perigos de acreditar que o autista é incapaz de afeto e que não vive no mesmo mundo que o nosso é que, assim, ele acaba subestimado e diminui as chances de desenvolvimento da criança”, alerta a psicomotricista e pedagoga Eliana Boralli Mota, fundadora da AUMA (Associação dos Amigos da Criança Autista).
“Eu trabalho há 24 anos na área e conheci autistas de todos os lugares: Brasil, América Latina, Europa e Japão. Em todos os casos, sempre encontrei neles o idioma universal do afeto. Mas é preciso um trabalho para ajudá-los a organizar estas sensações e então manifestá-las”, orienta Eliana.
Preconceito no consultório
Os potenciais afetivos e de capacidades dos autistas são minados pelo preconceito e pela falta de informação presentes, inclusive, em parte dos psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Eliana, por exemplo, antes de virar especialista na área, levou a filha Nathália, na época com três anos, à clínica de um dos nomes mais famosos do tratamento de autistas dos anos 1990.
“O médico disse que minha filha nunca seria capaz de falar. Sentenciou que, em 15 anos, ela estaria internada em uma clínica, com camisa de força”, lembra a mãe que ficou incomodada com a rapidez de um prognóstico tão severo, dado após um único contato com a menina.
“Eu não me conformei com aquelas informações e fui atrás de outras possibilidades. Hoje, a Nathália está com 27 anos, é alfabetizada, uma pessoa cheia de vontades e bem temperamental. Tenho um orgulho danado quando a vejo expressar sensações das mais elaboradas. Ela sempre diz ter saudade de mim”, diz a mãe que atua para levar estas possibilidades de convívio afetivo dos autistas a outros pais.
Sensações aguçadas
As descrições científicas sobre os autistas confirmam que o caminho entre “sentir” e “manifestar” é mais complicado para eles do que para os não portadores do transtorno. De acordo com as descrições dos catálogos médicos “há modificação na captação e organização sensorial da audição, visão, paladar, olfato e tato”. Estas alterações comprometem a capacidade de imitação, percepções, coordenação motora e integração por vias sensoriais.
“A maior dificuldade do autista é se colocar no lugar do outro”, define a fonoaudióloga Aline Kabarite, diretora do Instituto Priorit – entidade que oferece atendimento multifatorial (psicologia, dança, esporte, teatro e terapia) a cerca de 100 crianças e adolescentes autistas.
Aline explica que as sensações para o autista são, em alguns casos, muito mais aguçadas. “Às vezes, um som que passa despercebido para outras pessoas provoca um incômodo terrível nos autistas. Um abraço não desperta, imediatamente, prazer, e sim, desconforto”, informa.
Por isso, explica ela, o trabalho com os autistas tem como objetivo fazer com que eles fiquem adaptados a uma forma de linguagem que torne mais fácil expressar as sensações e receber essas informações.
“É um refinamento social e é importante que os pais reconheçam as formas de afeto que inicialmente podem estar ocultas”, diz ao citar exemplos. “Enquanto a criança autista não reconhece como processar o carinho da mesma maneira que nós estamos acostumados, para ela fazer um desenho, preparar um café da manhã ou colocar a mão no ombro podem ser maneiras mais elaboradas de expor suas sensações afetivas.”
Receio inicial
Eliana e a filha Nathália, com 27 anos: 'Disseram que ela nunca falaria. Nathália hoje é alfabetizada e expressa sensações elaboradas, como a saudade'
Eliana e a filha Nathália, com 27 anos: ‘Disseram que ela nunca falaria. Nathália hoje é alfabetizada e expressa sensações elaboradas, como a saudade’
Com o trabalho multifatorial, afirmam os especialistas, paulatinamente, essas expressões de sensações ficam menos codificadas e já não exigem a “tecla SAP” por parte dos pais, irmãos ou professores. É fato que alguns autistas apresentam sintomas mais leves, outros mais moderados e existem os casos severo. Essas modulações interferem na interação com o entorno.
Em todos os casos, solicita Roberta Marcell, especializada em neuropsicologia e saúde mental e desenvolvimento infanto-Juvenil pela Santa Casa do Rio de Janeiro, o importante é não abrir mão da comunicação pelo caminho do afeto com os filhos.
“Mesmo que os pais tenham dificuldade em reconhecer o carinho dos filhos, eles não devem desistir de demonstrar o amor que sentem pela criança. Essa construção de relação não deve ser abandonada nunca.”
Alessandra Rodrigues Pereira, 35, é exemplo. Quando recebeu o diagnóstico de autismo do filho Eduardo, então com um ano e sete meses de vida, foi invadida por um temor. “Naquele momento, eu perdi meu filho. Não apenas o filho idealizado, eu perdi aquele bebê saudável, que dava lindas gargalhadas, mandava beijos. Naquele momento, eu temia o futuro.”
A suspeita de que Eduardo se desenvolvia de maneira diferente das outras crianças veio com uma comparação próxima. O garoto é irmão gêmeo de Luísa e ela crescia em um compasso diferente do que regia o irmão. Alessandra, funcionária pública do Ceará, procurou ajuda terapêutica para o filho o mais rápido possível. A decisão surtiu efeito, pois, com ela, a mãe também aprendeu que aquele estereótipo “pessoa isolada, estagnada, que passava o tempo inteiro balançando o corpo e não se comunicava com ninguém não correspondia à realidade.”
“Hoje eu tenho uma criança que corre, sorri, tenta mostrar o que quer – embora não fale”, diz a mãe sobre o menino que faz acompanhamento com psicóloga, neuropediatra, fonoaudióloga e terapeuta ocupacional e tem aquela bela ajuda de Luísa que trata o irmão sem ressalvas ou limitações.
Eduardo sempre surpreende Alessandra “com a mãozinha dele no meu cabelo enquanto estou dirigindo”. Nathália sempre quando observa a mãe cansada, pergunta “o que aconteceu com você?”, questionamento que Eliana quase não ouve de outras pessoas. João Pedro, fã de Skank e NX Zero – grupos que aprendeu a gostar por influência do irmão Jorge – parece ter o radar ligado sobre o que acontece em sua volta. Só um exemplo, cita a mãe Denise: “Se escuta, lá longe, alguém espirrando, já grita ‘saúde’”.

Supremo invalida lei sobre benefício a idosos e deficientes

CORTE SUPREMA DIZ QUE LOAS NÃO TRATA DE FORMA IGUAL SEGURADOS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS).

Da Reportagem

         Benefício do LOAS é pago pela Previdência Social (Foto: Matheus Tagé/DL)
                                      Benefício do LOAS é pago pela Previdência Social (Foto: Matheus Tagé/DL)

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou ilegal a regra que permite o pagamento de um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência que integram família cuja renda per capita é inferior a um quarto de salário mínimo.

Os ministros decidiram, no entanto, que a regra continuará valendo até que o Congresso Nacional elabore nova norma sobre o tema. A Corte entendeu que a determinação contida na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) não trata de forma igual pessoas que vivem situações semelhantes.

Eles citaram o exemplo de dois casais de idosos. No primeiro, um idoso recebe salário mínimo de aposentadoria e o outro não, e a família não pode receber assistência porque recebe meio salário mínimo per capita. No segundo exemplo, os dois não têm renda formal e recebem um salário mínimo cada pelo Loas, com renda total de dois salários mínimos.

A discrepância já havia sido detectada por juízes de primeira instância, que muitas vezes não seguiam a lei. Ao analisarem o caso concreto e perceberem que a família não cumpria o requisito da Loas, mas vivia em situação de miséria, os magistrados concediam a assistência.

O STF definiu que os magistrados poderão manter esse sistema até que o Congresso aprove nova lei. Segundo a Loas, o benefício de prestação continuada deve ser pago à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não ter meios de prover a própria manutenção nem de serem sustentados por sua família.

Fonte:http://www.diariodolitoral.com.br/ - “Matéria postada em caráter informativo” 

domingo, 21 de julho de 2013

Leilão de jardim

POESIA

Que poema de Cecília Meireles você é?

Descobrir qual poema de Cecília Meireles combina mais com você. As obras escolhidas são aqueles que mais agradam ao professor Helder Pinheiro, estudioso de poesia infantil, que, aliás, também devem maravilhar os adultos.








Resultado
Cecília Meireles
Foto: Luciana Fernandes

Você é “Leilão de Jardim”
Quem conquistou esse resultado gosta de viver de modo harmonioso em casa, na escola e com as pessoas em geral. Também tem prazer em usar o tempo livre em contato com a natureza, preocupando-se com o bem estar do planeta e dos animais. 

Leilão de jardim


Quem me compra um jardim
com flores?

borboletas de muitas
cores,

lavadeiras e passarinhos,

ovos verdes e azuis 
nos ninhos?

Quem me compra este caracol?

Quem me compra um raio
de sol?

Um lagarto entre o muro
e a hera,
uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?

E este sapo, que é jardineiro?

E a cigarra e a sua
canção?

E o grilinho dentro
do chão?

(Este é meu leilão!).

Conheça mais sobre a poesia infantil de Cecília Meireles 

Confira 10 fatos que marcaram a vida da escritora carioca
Cecília Meireles
Foto: Luciana Fernandes

Você é “O Menino Azul”
É o poema que aponta a personalidade sonhadora, de quem vive no mundo da Lua e dá um mundo para continuar por lá. Como vive por conta da própria imaginação, às vezes, causa a impressão de que não precisa dos outros para ser feliz... Mentira!

O menino azul


O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.

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Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/que-poema-de-cecilia-meireles-voce-e.shtml?perg=6